DEVANEIOS DAS MADRUGADAS

 

“MORTE”

 

Denso mistério que habita silenciosa.

Indecifrável, imprecisa, sorrateira.

Pode aparecer sorridente e belicosa.

De repente chega e nos leva a vida inteira.

 

O céu é promessa.

O inferno é uma possibilidade.

E deitado inerte sem pressa.

Vejo névoas futilidade.

 

Passam por mim.

Amigos, amores, inimigos até.

Os que magoei em pé.

Dialogam, discutem sobre o meu fim.

 

Os que os amo e louvo.

Porém choram do homem-menino.

Entretanto, estão perplexos do ardor.

Que me empenhei nas batalhas do destino.

 

Indiferente a todos, não os vejo mais.

Estou nos braços do Criador.

Enfim, terminou minha missão na Terra.

Só a eternidade buscarei, se fui um vencedor.

 

 

voltar