DEVANEIOS DAS MADRUGADAS

 

“ O MONGE DOS MEUS SONHOS”

 

Nem todo branco é tão branco

Nem todo azul é o do mar

Nem todo certo é tão certo

Que não se possa julgar.

 

Nem todo canto eu escuto

È tanta estrada pra andar

É tanta gente sem Deus

É tanta gente a penar.

 

É tanto sorriso em tristeza

É tanto deboche no olhar

É tanta gente que anseia

Com tanta coisa a pagar.

 

Nem toda luz ilumina

Nem todo dia é clarão

São tantos olhos sem verem

Outros vendo na escuridão.

 

Se corro canso, paro, fico

Se fico, tenho que brigar

A humanidade fica a exigir

Sou obrigado a ganhar.

 

Para que juiz na Terra

Se Jesus já decidiu

Seja bom, faça a vontade

Daquele que te pediu.

 

Sonolência é sono longo

Sonho fundo, sonho longe

É tanta gente no meu sonho

Sonho até que sou um monge.

 

Com o coração dilacerado

Ando em busca do amor

Em sendo um monge nos meus sonhos

Não posso ficar, eu vou.

 

voltar